O Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) confirmou, esta segunda-feira, que as aulas de todos os subsistemas de ensino arrancam próxima semana. O sector garantiu, ainda, que os alunos deslocados por causa de ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, voltarão à escola.

Segundo a Agência das Nações Unidas Para Refugiados (ACNUR), cerca de 670 mil pessoas estão na condição de deslocados nos distritos considerados seguros da província de Cabo Delgado. Outras se encontram nas províncias circunvizinhas, nomeadamente Nampula e Niassa.

Gina Guibunda, porta-voz do MINEDH, disse que o sector está em condições de estes alunos regressarem às salas de aula.

“Sobre os alunos deslocados em Cabo Delgado, o nosso sector está a acautelar para que os mesmos voltem às aulas. Tanto os alunos idos aos distritos da província em conflitos, considerados seguros como em Nampula e Niassa, todos eles estão sob o nosso controlo”.

Questionada se as reprovações dos recentes exames teriam impacto nos novos ingressos, Gina Guibunda esclareceu que o ano anterior de 2020 teve mais aprovados, situando-se em 84 por cento, comparativamente aos resultados de 2019.

“Na verdade, gostaríamos que tivéssemos 100 por cento de alunos aprovados, no entanto estamos seguros que o número de reprovados não vai condicionar nos novos ingressos”, explicou Gina Guibunda.

Conforme “O País” soube, para este ano lectivo, o sector tem disponíveis cerca de 20.600 livros escolares, dos quais 3.000 para o ensino bilingue.

As cerimónias centrais de lançamento do ano lectivo irão decorrer na província de Nampula, onde o Governo vai lançar o Plano de Aceleração de Alfabetização de Jovens e Adultos.