No primeiro dia da vigência do recolher obrigatório nas cidades de Maputo e Matola, assim como nos distritos de Marracuene e Boane, o Presidente da República, Filipe Nyusi, reuniu-se, hoje, com a Polícia da República de Moçambique (PRM) para dizer que não quer moçambicanos sujeitos a maus-tratos e apelou para uma actuação de acordo com a lei.
No evento que decorreu no quartel da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), em Maputo, Filipe Nyusi orientou aos agentes da lei e ordem sobre a postura que devem tomar diante do anúncio das novas medidas restritivas para travar a propagação da COVID-19.
“Não viemos aqui para dizer que devem bater nos moçambicanos. Nem viemos aqui para dizer que devem ameaçar o cidadão”, disse Filipe Nyusi.
“Viemos para dizer: façam cumprir o decreto [sobre a Situação de Calamidade Pública]”, enfatizou o Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, tendo afirmado que a Polícia é “chamada para mais um teatro” de operações, “que é de salvar a vida dos moçambicanos”.
Nyusi apelou à PRM para evitar a corrupção: “a Polícia não precisa de resolver os seus problemas extorquindo a este ou aquele. É preciso disciplinar as pessoas”.
O Chefe do Estado realçou que em caso de desacatos ou desobediência por parte dos cidadãos, é preciso agir de forma a reprimir o problema sem recorrer a cassetete, nem a tiros. Aliás, estes “quase que não devem existir”.
“Leiam e dominem o decreto para não haver interpretações arbitrárias, ou aqueles que sempre se aproveitam duma posição para resolver suas preocupações”, apelou o Presidente Nyusi, recomendando aos moçambicanos a cooperar com a Polícia.
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